Senti na hora. Assim que os irmãos Poppe fundaram o Sport
Club Internacional eu vi que o amor à primeira vista se transformaria em amor
eterno.
Já dei o ar da graça logo no início, quando o Inter derrotou
o Militar por 2 a 1.
Lembro também quando fiz minha estreia em um Grenal
conquistado pelo placar de 4 a 1. E olha que depois daquele, apareci em outros
149 Grenais, sempre com a mesma emoção.
Abençoei o primeiro grande time da história, o Rolo
Compressor, com Abigail,Tesourinha, Russinho e Carlitos, entre outros.
Como não me render à genialidade de Bodinho, Chinesinho e do
cerebral Larry?
Claro que fui junto na mudança da Rua Silveiro para a Padre
Cacique.
Já no primeiro jogo no Beira-Rio, eu vi mais de 100 mil
colorados delirarem quando Claudiomiro decretou o primeiro triunfo de uma era.
E que era.
Fui parceira constante e inseparável do time nessa época de
ouro. Lembro de cada um dos oito campeonatos gaúchos seguidos. Vi Figueroa
alcançar os céus para trazer a primeira conquista nacional. O raio de sol ficou
por minha conta.
No segundo título, eu ajudei a empurrar aquela bola para
dentro do gol na cobrança de falta de Valdomiro.
E no título de 79, eu não abandonei uma partida sequer o
time de Falcão, Mário Sérgio e Benitez .
Como todos os colorados, prendi a respiração naquele pênalti
cobrado pelo Célio Silva contra o Fluminense e vi um Fabiano coloradamente
feliz naquele Grenal histórico dos 5 a 2.
Ok. Confesso que me afastei um pouquinho nesta década. Mas
se fiz isso foi só pra testar a fé e a paixão de milhões de colorados por este
manto sagrado. E quando eu voltei, bom.... digamos que eu soube recompensar
muito bem aqueles que nunca perderam a esperança.
Corri o campo inteiro ao lado do Rafael Sóbis empunhando uma
bandeira colorada e atravessei o mundo só pra fazer o Fernandão levantar a
maior glória que um clube de futebol pode alcançar no mundo. No mundo Fifa,
óbvio.
E só para confirmar minha relação eterna com este clube e
evitar os boatos de que fui uma mera coincidência na história dos colorados,
fiz com que a Libertadores caísse pela segunda vez no mesmo lugar. Dessa vez,
nos braços de D’Alessandro, Giuliano e cia.
Eu estou na história. Eu estou nas arquibancadas. Eu estou
no hino.
Eu sou a vitória. E nestes 104 anos de vida, ninguém me
representou tão bem quanto este clube.
Eu fui, eu sou e eu sempre serei parte da vida do Inter. E
isso, ninguém mais pode mudar.
Chooora, David! Tá na cara que ela é nossa. |
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