segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Você x Tiririca

E se o Tiririca virar deputado federal, a culpa é de quem mesmo?
É sua.
Sim. A culpa é sua aí que resolveu dar uma de revoltadinho e anulou o seu voto porque achou, equivocadamente, que todo o politico é corrupto e sujo.
O que aconteceu? Um bando de idiotas votou no Tiririca porque achou que seria engraçadinho ver o cara dançando com aquela pança indecente e cantando “Florentina’ no meio do Congresso.
Bem feito para os politicos, que vão ter um colega como o Tiririca?
Mais uma vez, você está enganado, amigão. Bem feito pra você que achou que a melhor forma de protestar contra a corrupção, a incompetência e o mau uso do dinheiro público era simplesmente fazer de conta que tudo isso não ia acabar voltando pra sua família, pro seu estado e pro seu país.
Num país que ainda engatinha em matéria de democracia e que tem o bom, mas às vezes o péssimo hábito de rir de si mesmo, só existe um cara mais idiota do que aquele paspalho que vota no Tiririca só pra tirar um sarro: é o cara que anula o voto.
Além de covardia, anular o voto é deixar que gente assim escolha o candidato por você.
E sempre que houver essa omissão, os tiriricas da vida continuarão infestando nosso congresso, roubando nosso dinheiro e rindo da nossa cara impunemente.
Quer uma dica? Sente a bundinha na cadeira e preste atenção no horário eleitoral gratuito. É um saco? É. Os programas são chatos? São. Mas formatura também é um troço chato e você vai a, pelo menos, umas quatro por ano.
Dedique alguns minutinhos do seu dia escolhendo o candidato certo e use a única arma que você tem num país onde se rouba muito e se pune pouco. Não caia nessa bobagem de que todo o politico rouba.
Nem espere pela justiça. Ela é cega e, aqui no Brasil, muito injusta. 
Faça você mesmo a justiça com suas próprias mãos.
Aponte seu título pra testa dos tiriricas, dos vampetas, das mulheres-pêra, maguilas e kikos do KLB e dispare, votando conscientemente em seus candidatos.
E não faça isso pelo Brasil ou pelo seu estado. Faça isso por você.
Depois não adianta colocar narizinho de palhaço e sair pra rua indignado se você foi o próprio na hora em que teve a chance de decidir e deixou que um bando de paspalhos decidissem por você.
Lugar de tiriricas é no circo nos fazendo rir e não no congresso pra nos fazer chorar a curtíssimo prazo.  
     

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eu não sou argentino

A nossa admiração pelos argentinos vem de longa data. Sei lá...


Talvez seja pela proximidade geográfica com os hermanos. Talvez pela garra histórica do seu povo.

Talvez pela paixão que eles têm por seu país como nós temos pelo nosso estado.

Talvez até pelos preços bem mais acessíveis que nos dão a alegria de comprar alfajores, tênis e camisetas do Maradona aos quilos.

Até aí, tudo bem.

Agora, admirar os argentinos é uma coisa. Querer ser um argentino é outra completamente diferente. E nada contra eles. Mas querer ser um argentino, ou belga, ou hondurenho, seja lá o que for, é renegar o seu eu, as suas raízes, o seu jeito.

É mais do que qualquer outra coisa acusar uma inferioridade – que não existe, em relação a um povo que, sim, tem inúmeras qualidades.

Pois com o advento de uma era vermelha, esmagadoramente vermelha, temos sido brindados, tanto pela imprensa do centro do país quanto pelos próprios periodistas hermanos, com os mais rasgados comentários a respeito do Inter.

E, sinceramente, me sinto lisonjeado ao ver a imprensa argentina falando que o Inter é o mais argentino dos brasileiros.

De verdade, fico feliz quando vejo a imprensa do centro do país afirmando que o Inter joga a Libertadores como um time argentino – os maiores ganhadores da competição.

Sério, me encanto com a raça de um Guiñazu e a arte de um D’Alessandro, dois dos mais típicos argentinos.

Mas sabe de uma coisa? Mesmo agradecendo imensamente por estes comentários a respeito de nossa “argentinice”, eu humildemente dispenso todos estes rótulos a respeito do nosso time.

E faço por uma razão muito simples: a noite de ontem e os últimos quatro anos já deixaram bem claro que o vencedor não fala espanhol, não joga em um campo apertado e nem cospe na cara do adversário para chegar à vitória.

O vencedor veste uma camiseta vermelha encarnada e orgulhosa.

De sua história. De seus ídolos. De suas façanhas. De sua torcida.

O mundo já sabe que nós não precisamos ser argentinos.

Pelo simples fato de que, desde ontem, 18 de agosto de 2010, somos bem mais:

somos colorados.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

É Hoje!

Olha, Papai do Céu: o Senhor, melhor do que ninguém, sabe que eu nunca fui de pedir vitória do meu time num jogo contra o Novo Hamburgo. Sabe bem que eu nunca fui de fazer promessa pro meu time ganhar um jogo do Brasileirão ou um mata-mata da Copa do Brasil.


Só que agora, Papai do Céu, o furo é mais embaixo.

Sim, eu sei que nos últimos anos o Senhor não nos abandonou um só segundo. Afinal, os fatos estão aí para quem ainda questiona Sua simpatia pelo meu time:

o último time brasileiro campeão de um torneio internacional foi o Inter (sulamericana/2008).

O penúltimo time brasileiro campeão internacional também foi o Inter (recopa/2007).

O antepenúltimo time brasileiro campeão internacional também foi o Inter (mundial FIFA/2006).

E só pra encerrar esta parte que tá ficando monótona, o ante-antepenúltimo time brasileiro a ganhar um torneio internacional também foi o Inter (libertadores/2006). Isso que eu nem falei de Copa Suruga e Copa Dubai.

O Senhor tem feito tanta coisa boa pra gente que eu até fico meio sem jeito de pedir mais essa conquista.

Por isso, me nego a pedir uma vitória logo mais, ali no manto sagrado do futebol mundial. Eu só quero que o Senhor, se possível:

• Abençoe o Renan para que seus braços se multipliquem a ponto de até a goleira se intimidar e diminuir seu tamanho.

• Ilumine os caminhos da ala-direita para o Nei.

• Faça com que Índio e Bolívar sejam uma só muralha no combate aos mexicanos.

• Tire o Tang sabor tangerina das veias do Cléber e devolva a elas o sangue quente tão necessário para uma batalha como a de hoje.

• Com Sua mão divina, toque o peito do Sandro e coloque nele a alma do Falcão.

• Dê ao Guiñazu o poder de ser cinco e não apenas dois a correr enlouquecidamente pelo campo.

• Despeje gotas generosas de sabedoria no Tinga para que ele consiga terminar uma final sem ser expulso.

• Abençoe com todo o Seu vigor a canhota de D’Alessandro e o proteja das botinadas do inimigo.

• Deixe que o Giuliano siga seu caminho de predestinado e iluminado dessa Libertadores.

• Coloque asas sobre as pernas do Taison para que ele voe sobre a defesa adversária.

• Encha o Alecsandro de confiança e oportunismo.

• Transforme as pernas do Sóbis em flechas prontas para abater o inimigo.

E, mais do que qualquer outra coisa, perdoe definitivamente o Celso Roth pela sua amargura, teimosia e intransigência. Ele já aprendeu a lição e merece como poucos essa glória que se aproxima.

E, sem querer abusar de Sua paciência, peço-Lhe uma última coisa:

Faça com que os foguetes da quarta à noite sejam vermelhos, que os sorrisos sejam vermelhos e que a manhã de quinta seja repleta de rostos cansados, fatigados pela noite mal dormida.

Mas sobretudo felizes. Internacionalmente felizes.

Amém.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

E foi dada a largada!

Então. Já estava há um bom tempo pensando em ter um blog só pra mim. O twitter tem sido um bom exercício pra descarregar a adrenalina. Mas cheguei à conclusão de que eu precisava de mais de 140 caracteres pra escrever o que eu penso sobre os mais variados assuntos. Então, se você está procurando um blog com uma análise ponderada, técnica e imparcial sobre os mais variados assuntos, pode dar meia volta amigão.
O Soletadas é um blog criado para a mais simples e pura diversão de quem vos escreve. 
Aqui, falarei sobre os mais variados assuntos da forma mais superficial e parcial possível.
E quem vier passear por essas bandas, além de ser muito bem recebido, deverá respeitar uma única regra: não vale envaretar com o que estiver escrito, tá?
Eu só espero que você goste e que até possa contribuir pra que este blog cresça feliz e sadio.
PS: Essa menina linda da foto é a minha filha, Maria Clara, por quem sou perdidamente apaixonado. Coloquei esta foto porque, de uma certa forma, ela representa bem o espírito do Soletadas.