Neste domingo teremos a mais disputada e comentada eleição
dos últimos tempos em um clube de futebol. Três belos candidatos, com seus
erros, seus acertos, suas conquistas e derrotas.
De um lado Fábio Koff, campeão do mundo, bicampeão da
Libertadores, campeão brasileiro e com o know-how de quem liderou por anos o
Clube dos Treze. Mas também foi o cara que fez cara de nojinho quando o Grêmio
precisou deles nos momentos difíceis, não foi?
Do outro, Paulo Odone, primeiro campeão da Copa do Brasil,
um dos poucos, senão o único que se apresentou para comandar o Grêmio naquele
ano em que o Tricolor disputou históricos clássicos contra Anapolina, União
Barbarense, entre outros, além de ser o presidente que colocou a Arena de pé.
Mas também é o cara que aproveita qualquer motivo pra lembrar a todos que de
quatro em quatro anos tem eleição a deputado estadual, né?
E de um terceiro lado ainda, Homero Bellini, trazendo
consigo a marca da renovação, da oxigenação, do Grêmio do futuro. Mas também é
um cara que pode ser considerado inexperiente perto dos dois concorrentes, né?
Mas vamos combinar: tirando a parte ruim, os três dão ao
sócio gremista ótimos motivos para serem votados, não é? Não são competentes?
São.
Então, qual é o problema dessa eleição, meu querido leitor e
eleitor? Sem meias palavras: o ódio, a vaidade e o orgulho. Juntos, eles são
capazes de produzir aquilo de pior que pode sair de um ser humano.
E aí, não se trata de ganhar para colocar em prática o
melhor projeto para o Grêmio. É ganhar para humilhar o outro lado, colocar o pé
no pescoço do adversário até que ele dê as três batidinhas protocolares de mão,
pedindo água, pedindo arrego, para regozijo do vencedor. Pra arrebentar todo e
qualquer pensamento do grupo opositor.
Como se ali não existissem apenas gremistas. Apenas pessoas
que deveriam, ao final do pleito, se unir em nome de um bem muito, mas muito
maior que eles, que é o Grêmio. Porra, afinal, se são gremistas de verdade,
querem ganhar Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Mundial, não é? Então,
terminada a eleição, o que importa quem tenha sido o vencedor se não for para
fazer o Grêmio campeão de novo?
Eu sei que a maioria de vocês deve estar me achando um baita
ingênuo, que tem muita coisa por trás de tudo, que o poder é foda, etc.
Mas acho que deixar o clube como coadjuvante em uma eleição
em que vaidades e interesses pessoais são protagonistas é um duro golpe no
futebol.
E como um cara apaixonado pelo futebol, eu quero que o
futebol vença sempre. Mesmo que seja no Grêmio.
Por isso, deixando a rivalidade de lado e pensando nele, futebol,
eu tenho apenas um desejo, do fundo do meu coração.
Que este domingo seja como tantos outros domingos que o
velho e bom Olímpico já viveu nestes 58 anos de glória: que o Grêmio vença.
E dessa vez eu juro que não vou secar.
E dessa vez eu juro que não vou secar.
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