terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sport Club Frescura

Padeiro faz pão. Advogado advoga. Engenheiro constrói e jogador de futebol joga. Óbvio? Pra diretoria colorada, não. É que, de uns anos pra cá, instalou-se fortemente no Beira-Rio a chamada “Preservação” dos atletas. (caro leitor, esta é a última vez que você vai ler esta palavra no texto. A partir de agora, passo a usar a expressão “Frescura”, muito mais apropriada).
A Frescura consiste em tirar o time titular de campo para colocá-lo em uma redoma de vidro. Ou seja, sob o regime da Frescura o jogador bebe, come, dorme, treina, viaja e, pasmem, não joga! E quando jogam? Ah, só em partidas consideradas importantes pelos gênios colorados. Isso, entre outros campeonatos, já nos tirou da briga de um Brasileiro fácil de se ganhar em 2010. Pra quem não se lembra, o Inter largou o campeonato em agosto de 2010, “poupando” seus bibelôs para um jogo que só seria realizado em dezembro!!! O resultado dessa medida pouco inteligente todo mundo conhece mas não custa lembrar: o time entrou sonolento, soberbo e sem ritmo de competição contra um time lamentável do Congo e acabou sendo o protagonista da maior vergonha, não só do clube como do futebol brasileiro, em todos os tempos, desde a pedra lascada.
Bom, depois disso, até minha filhinha de 2 anos poderia pensar que os gênios colorados aprenderam a lição. Pois a Maria Clara errou! Não, filhinha. Os titios colorados não aprenderam a lição. Eles já estão alardeando nos microfones que este ano o time b – que na verdade, pelo que já demonstrou, não passa de um time z, vai jogar todo o Gauchão, mesmo quando o time titular voltar de férias. Este time, o considerado titular pelos gênios colorados, só entra em campo em fevereiro para disputar a primeira partida da Libertadores contra o Emelec, lá no Equador. E aí, mais uma vez a Maria Clara entra em ação e pensa que este jogo vai ser um terror para um time que até então não disputou nenhum jogo amistoso – ainda não existe esta programação, pelo menos, quiçá um jogo oficial.
O que nos resta? Rezar para que o time z do Inter não caia no Gauchão.
Rezar para que os gênios colorados recuperem o probleminha de memória e lembrem-se do fiasco de um mês atrás, justamente por esta decisão errada de “frescurar” com seus cristaizinhos delicados.
Rezar para que o Inter não siga sua senda de fiascos e que não seja eliminado na primeira fase da Libertadores.
E, acima de tudo, nos darmos conta de que, se em janeiro já estamos usando o verbo “rezar”, muito provavelmente em dezembro, já estaremos usando o verbo “cair”. Tudo em nome da Frescura. 

A propósito: o homem-gol deste ano é o Alecsandro? Mais 90 “pai-nossos” e 100 “ave-marias” pra você, torcedor colorado. 
Pra lembrar: em dezembro, Kidiaba derrotou os Kifrescura.

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